quarta-feira, 29 de outubro de 2008

sábado, 25 de outubro de 2008

Catequese 2 - Quem sou eu?


1. O homem procura um sentido para a vida

  • Quem sou eu?
  • Qual a minha origem?
  • Qual o meu destino?
  • Que faço aqui na Terra?
  • Que sentido tem a vida?

Desde sempre, o homem desejou conhecer-se melhor. A experiência de cada dia diz-nos que o homem nasce, vive e morre, que toda a pessoa é limitada, finita, mas que é o único ser capaz de se interrogar e de dar respostas.
O homem é um ser consciente, com capacidade de identificar o bem e o mal, e um ser livre e responsável: só ele é capaz de escolher o Bem, a Verdade, o Amor e a Justiça. É também capaz de aceitar as consequências das suas acções.


2. O ser humano à luz da Palavra

A Sagrada Escritura afirma que o homem é criado à imagem e semelhança de Deus (Gn 1, 26; 9, 6).
A Bíblia diz-nos que o ser humano:

  • Tem uma vida limitada (Tg 4, 14)
  • Está ligado a Deus (1 Sm 2, 6)
  • Pode escolher entre o Bem e o Mal (Dt 30, 19)
  • Pode participar da vidanova em Cristo (Fl 1, 21)

Ser cristão conciste, acima de tudo, numa relação pessoal com Jesus ressuscitado, assumindo uma resposta de amor que nos une a Ele para toda a vida.
O próprio Jesus se apresentou como "o Caminho, a Verdade e a Vida" (Jo 14, 6). Aquele que nos conduz à comunhão com o Pai, no Espírito Santo.

3. Identificar-se a partir da relação com Jesus

Jesus é o caminho para Deus. Ele está no centro deste "Projecto +". Ele liberta a pessoa e mostra-lhe a sua altíssima dignidade. Em Cristo, os caminhos do homem não ficam na escuridão, mas abrem-se aos horizontes da luz e da vida.
Jesus é o centro da nossa vida, o nosso companheiro de todas as horas, para fazer de nós anunciadores do Seu Evangelho em todos os lugares do nosso mundo.

in guia do catecista

sábado, 18 de outubro de 2008

Catequese 1 - 2º Encontro - 18/10/2008


Somos um grupo com Jesus


(Na continuidade do encontro da semana passada)

No encontro passado, vimos a importância de pertencer a um grupo e as qualidades que devem existir dentro desse grupo, nomeadamente o respeito, a união, a comunhão; assim como devemos ser testemunhas de Jesus. Neste encontro falámos deste grupo maior que é o grupo de Jesus.

Como é que terá começado o grupo de Jesus, como se constituiu?

"Caminhando ao longo do mar da Galileia, Jesus viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André, que lançavam as redes ao mar, pois eram pescadores. Disse-lhes:«Vinde comigo e Eu farei de vós pescadores de homens». E eles deixaram as redes imediatamente e seguiram-no. Um pouco mais adiante, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, os quais, com seu pai, Zebedeu, consertavam as redes, dentro do barco. Chamou-os, e eles, deixando no mesmo instante o barco e o seu pai, seguiram-no".
(Mt 4, 18-22)

O que mais nos impressiona nesta passagem do Evangelho de S. Mateus?

  • Jesus é quem escolhe e chama
  • Jesus não discrimina ninguém
  • Jesus convida pa fazer grupo
  • Resposta decisiva e radical dos irmãos

Este foi o primeiro de muitos chamamentos.
Vejamos outros chamamentos:

  • Lc 19, 1-10
  • Mt 19, 16-22
  • Jo 15, 1-8

E qual foi o teu chamamento?

Jesus disse: "onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles" (Mt 18,20). Por isso nos reunimos como grupo, em união e fraternidade. É o Seu amor que nos transforma , sem o qual não podemos viver.

Roger Schutz foi uma dessas pessoas cujo o amor de e para com Jesus transformou a sua vida.
O irmão Roger sentiu o chamamento para criar uma comunidade onde se concretizasse a reconciliação entre os cristãos, "onde a bondade do coração fosse vivida de forma muito concreta e onde o amor fosse o coração de tudo".
Em 1940, o irmão Roger estabeleceu essa comunidade em Taizé e começou a esconder e a ajudar refugiados.
O irmão Roger foi assacinado em 2005, durante a oração, por uma mulher tresloucada, quando tinha 90 anos, mas a sua obra continua.
Hoje em dia, Taizé acolhe milhares de jovens que vêm habitualmente viver uma semana de oração e partilha com os irmãos.

Finalizamos este encontro com uma oração de gratidão ao Senhor, por tudo o que nos dá e pelos seus ensinamentos:

"Obrigado, Senhor, por me teres dado a vida e por me teres chamado para o teu grupo.
Chamaste-me, todos os dias, a ser tua testemunha no mundo, entre os irmãos.
Chamaste-me a viver com os outros, a encontrar-Te e a amar-Te e a encontrar e a amar os outros.
Tu, que vês a minha vida e conheces todo o meu ser, ajuda-me a estar sempre unido a Ti e a todos os irmãos.
Pelo amor vivido em cada dia, faz-me constructor de uma Igreja viva, de uma Igreja comunidade".




Recomendação: Filme: "O Rei dos Reis" de Nicholas Ray

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Catequese 1 - 1º Encontro - 11/10/2008


Somos um grupo


Ao longo dos anos, o nosso grupo de catequese foi diminuindo. Alguns dos vossos colegas resolveram terminar (ou adiar) esta caminhada que iniciamos aquando o nosso baptismo. Desistiram por falta de interesse ou porque outros interesses sobressaíram; desistiram por falta de apoio dos pais ou porque não encontraram em nós, catequistas e colegas, o apoio que necessitavam.
Mas mesmo assim, o nosso grupo continua. Muitos ou poucos, o nosso objectivo é o mesmo: continuar neste caminho de amor de Jesus Cristo até ao Pai.

Apesar de nos conhecermos há 6 anos e alguns de vocês conhecerem-se melhor na escola, a partir deste ano, iremo-nos reunir sempre em Anta (já não há o grupo da Idanha ou dos Altos-Céus ou de Anta) e de forma a conhecermo-nos melhor, resolvemos fazer uma dinâmica de apresentação.

Com um novelo de lã, cada um de nós teve de se apresentar e de dizer alguma coisa que o caracteriza-se e de seguida passar o novelo a outro. Desta forma, fomos construindo uma teia, que estabeleceu ligação com todos.

Para que serviu esta dinâmica? Antes de mais para ficarmos a conhecermo-nos melhor, mas principalmente para mostrar que todos nós sentimos a necessidade de viver em grupo, pois "nenhum homem é uma ilha!"

Todos nós somos importantes e temos algo para dar ao nosso grupo. Podemos partilhar conhecimentos, alegrias, descobertas...

Nós somos como uma ponte, um elo de unidade, um caminho, um sentido de segurança e de ajuda... em que cada um de nós é uma pedra que a constitui.

Para interiorizares:

  • É tempo de nascer e ser dia.
  • É tempo de dar e ser mão.
  • É tempo de partir e ser barco.
  • É tempo de gritar e ser profeta.
  • É tempo de subir e ser montanha.

É TEMPO DE SER!

  • É tempo de aluminar e ser sol.
  • É tempo de fazer e sser braços.
  • É tempo de aproximar e ser ponte.
  • É tempo de sorrir e ser espelho.
  • É tempo de caminhar e ser estrada.
  • É tempo de construir e ser casa.

É TEMPO DE SER!



Catequese 1 - Somos um grupo com Jesus


A pessoa humana é ser em relação

Vivemos numa sociedade em constante agitação, sem tempo para nos relacionarmos adequadamente uns com os outros. Existe a tendência crescente para o individualismo e para o isolamento. Poucos são os espaços de que dispomos para o estabelecimento de relações interpessoais profundas.

O ser humano só se realiza verdadeiramente em constante diálogo com os seus semelhantes. O crescimento pessoal acontece em interdependência com os outros, numa profunda solidariedade com eles. O grupo de catequese constitui assim o espaço por excelência, onde o adolescente toma consciência da sua existência e estabelece relações com os outros, num clima de confiança, sentindo-se aceite, reconhecido e amado.

A fé - experiência de comunidade

A fé é sempre uma experiência comunitária. Não se é cristão sozinho, mas dentro de uma comunidade que nos acompanha no caminho da fé. Por isso, nós cristãos, somos chamados a viver em "comunhão"; a descobrir a Eucaristia como a beleza do amor de Deus.

O grupo de catequese é parte de um "grupo" mais alargado que é a comunidade cristã.

A primeira comunidade cristã foi a que se formou à volta de Jesus e que, a partir do testemunho dos Apóstolos continuado pelos cristãos de todos os tempos, se estendeu a toda a terra, dando origem a um número incontável de comunidades que formam a mesma Igreja de Jesus Cristo.


in guia do catequista


segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Aviso


Como já devem saber, foi avisado nas Eucaristias de Sábado e Domingo que na próxima sexta-feira haverá um momento de oração para o 7º ano até ao grupo de jovens. É verdade que haverá esse momento, mas o 7º ano não irá participar, por isso é que não vos avisamos na catequese. Haverão outros momentos em que vocês participarão.

domingo, 5 de outubro de 2008

Era uma vez um rei... - 04/10/2008


Havia um rei muito bom. Mas eram tantas as engrenagens entre ele e o seu povo, que este já nem o conhecia. Este povo, como todos os povos do mundo, era infeliz.

O rei bem enviava ministros, médicos, professores, assistentes sociais e mesmo padres até às terras mais afastadas...
Mas alguns mensageiros do rei nem sabiam por que ponta lhes pegar, outros aproveitavam para encher os bolsos.

O rei resolveu ir pessoalmente dar uma volta pelo reino. Em todas as cidades se organizaram recepções: grandes banquetes, festas, concertos...
Amontoados pelas avenidas, as pessoas, que se deixavam sempre levar por este género de espectáculo, gritavam: "Viva o nosso rei!", agitando bandeirinhas. Mas mal acabavam os fogos de artifício, cada um voltava a estar tão infeliz como antes, ou mesmo um pouco mais: "Quem me dera ser rei! Ou, pelo menos, um dos seus cortesãos..."

Então, o rei reuniu os seus próximos: "Vou dar ao primeiro ministro plenos poderes para governar o reino na minha ausência. Eu, incógnito, vou viver no meio do povo, trabalhando com as minhas mãos. À noite, juntarei alguns vizinhos. Um dia, hão-de perceber quem sou."
Claro que o chefe do protocolo apresentou logo algumas objecções que se adivinham: era preciso respeitar o rei; o povo era rude e não ia acolhê-lo como devia... e concluiu: "Magestade, se chegardes a fazer felizes uma dúzia de vizinhos, não tereis avançado grande coisa!... Dezenas de milhões de pessoas continuarão infelizes..."
"Meu amigo", disse-lhe o rei, "já sabia que iam fazer essa objecção... O que pensei foi o seguinte: ensinarei à minha dúzia de vizinhos a fazer o mesmo que eu, cada um com três, quatro ou dez, como puder. Se cada um comunicar, assim, um pouco da sua felicidade aos seus próximos, todo o reino será transformado."

(Jacques Loew)

De certeza que todos nós reconhecemos esta realidade de que nos fala esta parábola. Também nós fazemos parte dessa lista (infindável) de povos tristes. Também nós somos facilmente "comprados" com festas, banquetes, concertos... e no fim de tudo, voltamos à nossa vidinha, tristes porque não somos nem reis nem cortesãos.
Mas este rei ensinou-nos que não precisamos de ser rei para sermos felizes. Podemos trabalhar, lado a lado com ricos e pobres, bonitos e feios... e mesmo assim ser feliz. Mas o mais importante, é que podemos ajudar outros a serem felizes. Se eu conceguir ensinar a uma
dúzia de vizinhos a fazer o mesmo que eu a serem felizes, e cada um deles fizer o mesmo a três, quatro, dez, doze... transmitiremos a felicidade e tudo será renovado.

E quem é este rei? Quem foi que nos ensinou a ser felizes, a amar e a perdoar?
Jesus é este rei. Foi Ele quem nos ensinou a viver como irmãos. Transmitiu aos discípulos como devemos amar, perdoar, viver em comunidade. E os seus discípulos ensinaram a outros, que por sua vez ensinaram a outros... que nos ensinaram a nós. Agora cabe a vocês, adolescentes, o futuro da Igreja, a ensinarem a outros a serem felizes; a amar como Jesus nos ensinou; a serem os profetas do amanhã!
Arrisquem! Partilhem os vossos sentimentos! Não se isolem! Lembrem-se que alguém precisa de vocês! Alguém afastou-se do caminho de Jesus e TU podes ajudá-lo a encontrá-lo de novo!

Recomendação: Filme: "Favores em cadeia"


quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Programa "Projecto +"


A vida como projecto


No primeiro bloco de catequeses, sereis convidados a aprofundar alguns traços fundamentais da identidade pessoal seja pelo olhar para si seja pelo olhar para o outro. O "quem sou eu?" resolve-se incluindo o "quem somos nós?".
Neste tempo, vive-se o tempo litúrgico do Advento e Natal. A catequese irá encontrar formas de sintonizar com a liturgia, que é a grande bússola da caminhada de fé.

O Projecto de Jesus

No segundo bloco, propõem-se os grandes valores do Reino, como vêm indicados no prefácio da solenidade de Cristo Rei (Reino de verdade, justiça, amor...). A última parte deste bloco coincide com a Quaresma e a Páscoa. A Páscoa é o verdadeiro coração do ano litúrgico. A caminhada catequética irá ser uma verdadeira conversão aos valores de Jesus, à vida que Ele nos propões, aceitando ir com Ele em peregrinação pela vida.

Anúncio de alegria

Os últimos encontros do catecismo estão pensados em contexto de tempo pascal, tendo como horizonte a grande solenidade do Pentecostes. Por isso, todo este tempo é pneumatológico (tem a marca do Espírito). O grupo de catequese será desafiado a fazer a experiência comunitária, em volta da celebração semanal da Páscoa, que é a Eucaristia de Domingo. É pela experiência da presença do Senhor no meio de dois ou três dos seus discípulos que os catequizandos irão descobrir a urgências e possibilidade de serem testemunhas do Ressuscitado.

Projecto +



Este ano o vosso catecismo chama-se "Projecto +".

Com ele, ireis explorar o sentido da vida pessoal e cristã.
Ele será o vosso guia para construírem o vosso próprio projecto de felicidade segundo os valores de Jesus, integrando as transformações específicas pelas quais vós estais a passar.
Com ele, ireis descobrir como viver em grupo, experimentando a originalidade de ser pessoa e como aderir a Jesus, reconhecendo-O como companheiro da viagem da vida.
Por isso é importante que tragam sempre o vosso catecismo para a catequese, para que possamos juntos descobrir as maravilhas que ele nos transmitirá.



Um novo ano de catequese vai começar.


Neste novo ano de catequese, os vossos catequistas pretendem que a vossa participação na catequese vos proporcione uma descoberta do sentido da vida cristã e que vos ajude a construir o vosso próprio projecto de via. Não é um projecto qualquer. Baseia-se no conhecimento e na adesão pessoal a Jesus Cristo e aos seus valores. Jesus Cristo está vivo, é vosso companheiro de viagem, que vos ama e quer convosco construir uma vida verdadeiramente feliz.

Por isso aceitai o convite que o Papa Bento XVI vos fez para se abrirem e aderirem a Cristo: "Abri o vosso coração a Deus, deixai-vos surpreender por Cristo!"; "Só Ele dá plenitude de vida à humanidade"; "Dai-lhe o 'direito de vos falar'!"; "Abri as portas da vossa liberdade ao Seu amor misericordioso!" (XX Jornadas Mundiais da Juventude, 2005).

Sejam bem vindos!