segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Catequese 6 - A Paz na Vida do Homem

1. A procura da paz nos nossos dias

A paz é o grande ideal da vida do homem em sociedade. No íntimo de cada pessoa, existe o anseio de poder viver, realizando o seu projecto de felicidade num ambiente de paz e de mútuo respeito.

No entanto, nunca como hoje a paz foi tão ameaçada e destruída. São cada vez mais os conflitos entre pessoas e nações; há mesmo uma cultura de guerra.
Simultaneamente são, também, inúmeros os encontros e cimeiras de paz.

Só há verdadeira paz, quando se respeitam e promovem os direitos fundamentais de toda a pessoa humana.

A paz só é possível quando se promove a “cultura do amor” que conduz as pessoas à mútua consideração e estima, à tolerância, à solidariedade e à reconciliação.

2. A paz: dom de Deus


Na Bíblia, a palavra hebraica “chalom” (paz) aplica-se ao estado de felicidade em que o homem vive, quando está em harmonia consigo próprio, com os outros, com a natureza e com Deus.

Jesus Cristo “é a nossa paz” (Ef 2, 14) e no seu nascimento é anunciada a “paz na terra” (Lc 2, 14)

A paz que Jesus nos deixou, alcança-se pela reconciliação com Deus e com os irmãos, pela aceitação do perdão que Ele nos oferece na Páscoa do Seu Filho., a maior prova do Seu amor.

3. Comprometer-se pela paz

Todo aquele que acolhe na fé a boa nova do amor de Deus em Cristo, não pode deixar de celebrar na construção da paz entre os homens.

A paz é um dom, mas é também uma conquista. É um dom que recebemos de Deus e se mantém em nós, se a praticarmos, eliminando discórdias e construindo pontes em vez de muros.

Objectivos:

- Descobrir a paz como caminho de felicidade;
- Encontrar em Jesus a plenitude da paz;
- Compreender que a paz é dom de Deus que nos compromete.

in guia do catequista

Dinâmica - 10/01/2009


Sensações de Vida ou Morte

Objectivo: analisar a prática e revisão da vida


Material: duas velas, uma nova e outra velha

Desenvolvimento: grupo em círculo e ambiente escuro

Eu, ..., tenho apenas 5 minutos de vida. Poderia ter feito na minha existência e deixar de fazer ... ( a vela gasta acesa vai passando de mão em mão). Apaga-se a vela gasta e acende-se a nova. Ilumina-se o ambiente. A vela passa de mão em mão e cada um completa a frase: Eu, ..., tenho a vida inteira pela frente e o que eu posso fazer e desejo é...

Analisar a dinâmica e os sentimentos.


Palavra de Deus: Mt 6, 19-24 e Sl 1


Catequese 5 - Jesus tornou-se um de nós

Catequese 4 - 1º e 2º Encontros - 13/12/2008

A Vida: Mistério de Amor

Cântico: A Vida é uma Festa

A vida é uma festa (uma festa!)
vivida em cada dia (cada dia!)
de sonho e ilusão, de amor e de harmonia!
Que dá felicidade, a quem souber sorrir
vivendo na alegria!

Faz da vida a canção da alegria no amor! Canta, dança, dá a mão, salta se preciso for! Deixa o teu corpo cantar o que vai no coração tudo o que tens para dar faz feliz o teu irmão!

Deixa a tristeza andar (deixa andar!)
À margem do teu ser (do teu ser!)
Esquece a vida dura, que marca o teu rosto.
Lança-te na aventura de amor e de vida pura.
que alegra e faz feliz!


1. A importância do nascimento de uma pessoa:
Nós não nos lembramos, mas sabemos muitos pormenores, porque os nossos pais nos contaram. Além disso, há geralmente fotografias.
O nosso nascimento deixou felizes os nossos familiares e foi ocasião de festa. Na nossa origem está um mistério de amor, somos fruto do amor dos pais. Os bons pais acolhem este fruto como um dom. À Luz da nossa fé, o nosso nascimento aparece como um dom esplêndido de Deus.

2. O respeito pela vida:
O termo "vida" não se resume apenas à concepção e ao nascimento, mas entende-se a toda a nossa existência.

«Uma estranha doença

Um estranha doença começou a espalhar-se por todo o mundo. Os que sofriam dela notavam que o seu coração se ia tornando cada vez mais pequeno. Iam perdendo as forças e a alegria. Só tinham vontade de estar deitados. Os médico não percebiam como isto era possível. Por mais medicamentos que receitassem, não conseguiam curá-los. Alguns tentaram fazer transplantes de coração, mas este voltava novamente a ficar pequeno. Já não sabiam o que fazer. Entretanto, a doença ia contagiando rapidamente mais pessoas. Os hospitais já estavam cheios e continuamente iam aparecendo novos doentes. Todo o mundo ficou doente do coração. Todos estavam deitados nas suas camas, esperando o fim. Ou melhor, quase todos. Havia uma pessoa que não tinha sido contagiada. Era um velhinho que, ao contrário de todos, tinha um coração grande. O seu coração era maior do que o normal. Dedicou-se a cuidar dos doentes. Deu-se conta de que, se pegasse na mão do doente, lhe sorrisse ou o levasse a ver a natureza, o seu pequeno coração começava a crescer. Depressa descobriu o que ninguém tinha conseguido descobrir: essa estranha doença, que encolhia os corações, era provocada pela falta de interesse pela vida,falta de atenção, de carinho e amor. Pôs mãos à obra: começou a cuidar de doente por doente. Pegava-lhes na mão, sorria-lhes, e convidava-os a um passeio pelos jardins, aldeias, cidades, etc... Quando tinham o coração grande para ver e apreciar a vida, já se podiam levantar da cama e ajudar a curar outros doentes. Rapidamente foi-se espalhando por todo o mundo este novo medicamento, desconhecido por muitos. Começaram a aparecer em todas as partes pessoas de grande coração. Toda a gente se curou e os seus corações voltaram a bater com força. Desde então, se alguém voltava a sofre daquela estranha doença, bastava pegar na não e sorrir.»
O valor de cada ser humano não assenta tanto na sua beleza física, no êxito ou até na inteligência, como sobretudo no facto de ser criatura de Deus, por Ele amada, à sua imagem. Esta convicção faz-nos olhar cada ser humano, mesmo que fisicamente incapacitado, com outros olhos e critérios. O valor da vida humana não se pode medir ou quantificar. Vale por si, porque é vida de pessoa humana.
Devemos apreciar o valor da vida e ajudar todos a viverem com alegria. Para isso, precisamos de combater o egoísmo, de evitar que o nosso coração se torne pequeno demais.


«Depois, Deus disse:"Façamos o ser humano à nossa imagem, à nossa semelhança, para que domine sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos e sobre todos os répteis que rastejam pela terra." Deus criou o ser humano à sua imagem, criou-o à imagem de Deus; Ele os criou homem e mulher. Abençoando-os, Deus disse-lhes: "Crescei e multiplicai-vos, enchei e domiai a terra. Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todos oas animais que se movem na terra." Deus disse: "Também vos dou todas as ervas com semente que existem à superfície da terra, assim como todas as árvores de fruto com sementes, para que vos sirvam de alimento. E a todos os animais da terra, a todas as aves dos céus e a todos os seres vivos que existem e se movem sobre a terra, igualmente dou por alimento toda a erva verde que a terra produzir." E assim aconteceu. Deus, vendo toda a sua obra, considerou-a boa. Assim, surgiu a atrde e, em seguida, a manhã: foi o sexo dia. Foram assim terminados os céus e a terra e todo o seu conjunto. Concluída, no sétimo dia, toda a obra que tinha feito., Deus repousou, no sétimo dia, de todo o trabalho por Ele realizado. Deus abençoou o sétimo dia e santificou-o, visto ter sido nesse dia que Ele repousou de toda a obra da criação. Esta é a origem da criação dos céus e da Terra.» (Gn 1, 25-2, 4a)


A criação do ser humano é algo de único e extraordinário. Fomos criados à imagem e semelhança de Deus. Deus cria-nos homem e mulher, para que do nosso amor nasçam os filhos, e assim encher e dominar a terra. Dominar a terra, respeitando a natureza. A criação de que nos fala a Bíblia está ainda a acontecer. Deus continua a criar através do ser humano. É através de nós que Deus continua a sua obra.


Aristides de Sousa Mendes


O seu destino passou a estar inelutavelmente ligado ao destino colectivo de dezenas de milhares de pessoas desaparecidas. Assumiu-se como homem certo no lugar e momento certos. Aquilo que muitos poderiam considerar como defeitos de personalidade num diplomata - a natureza demasiado emotiva e o seu carácter impulsivo - tornaram-se força motora de um heroísmo.

Sacrificou tudo quanto amava e presava - uma família, uma carreira - por estranhos de quem se apiedou associando ao seu honroso desempenho a espiritualidade e dignidade humana então raras, mas que, afinal, caracterizam o povo português. Numa altura em que pairava a rebeldia pelo mundo, Sousa Mendes não só era um digno diplomata como também se desenhava como o modelo do português crítico, o representante ideal da nação que todos gostaríamos que Portugal sempre fosse.

Quando os Nazis invadiram a França em 1940, Aristides de Sousa Mendes, o cônsul português em Bordéus, contrariando as ordens de Salazar, assinou vistas para fugitivos. Assim conseguiu salvar milhares de vidas, antes de ser afastado do cargo pelo ditador.

Em 1940, dado o avanço das tropas alemãs de Norte para Sul e de Leste para Oeste, só Portugal era porta de saída segura para um algures a salvo dos desígnios de Hitler. Eis porque, solicitando um visto, acorriam ao consulado português de Bordéus inúmeros refugiados, sobretudo judeus. Mas a 13 de Novembro de 1939 já Salazar proibira, por circular, todo o corpo diplomático português de conceder vistos a várias categorias de pessoas, inclusive a "judeus expulsos dos seus países de origem ou daqueles donde provêm".

Aristides começou por ignorar a circular para, depois de instado a fazê-lo, a desrespeitar totalmente. Passava vistos a quantos lho solicitassem. Quando a 8 de Julho de 1940, já sem mais hipóteses de transgressão, regressou a Portugal. Tinha salvo milhares de vidas, assinando vistos de dia e de noite, até à exaustão física.

Regressando a Portugal, Aristides foi dado como culpado no inquérito disciplinar e despromovido. Salazar reformá-lo-ia compulsivamente com uma pensão mínima. Os recursos de Aristides para os tribunais seriam em vão. Sem dinheiro, Aristides era socorrido pelo irmão e pela comunidade judia portuguesa.

No dia 3 de Abril de 1954, Aristides morre de uma trombose cerebral e de uma pneumonia no Hospital da Ordem Terceira em Lisboa. Embora o epitáfio na sua lápide reconheça os méritos de Aristides com as palavras "Quem salva uma vida, salva o mundo", a sua morte não veria qualquer comentário ou informação na imprensa portuguesa. Seria assim ignorado pelo país.

Ter-se-ia de esperar 34 anos para que Aristides fosse justamente reintegrado e louvado oficialmente em Portugal: Em 1988 na Assembleia da República, o Dr. Jaime Gama do Partido Socialista, pediu a reabilitação e reintegração póstuma de Aristides no corpo diplomático, o que foi concedido por unanimidade pelos partidos com assento na altura.

Mas desde 1967, Aristides é o único português que faz parte dos "Righteous Among the Nations" (Justo entre as Naçoes), no Yad Vashem Memorial em Israel.Aristides de Sousa Mendes foi sucessivamente homenageado no domingo 29 de maio 1994 em Bordeus, e no dia 24 de Março 1995, em Lisboa, Mario Soares entregou-lhe postumamente, a Grande Cruz da Ordem de Cristo, por intermédio do seu filho, João Paulo Abranches.

Texto provisorio tirado de Luise Albers e Felix Jarck da Associação Luso-Hanseàtica, e adaptação de Antonio Moncade Sousa Mendes) .

  • O que faríamos nós?
  • Salvar, ficano na miséria?
  • Assegurar o emprego, arranjando desculpas para os que viessem a ser enviados para os campos de concentração?
  • Como vamos ser, em cada dia, defensores da vida?


O Senhor criou-nos para sermos felizes
Ele é a prórpia fonte de alegria e da verdadeira felicidade.

Graças Senhor, porque és fonte da vida e da alegria!

Abramos o coração à alegria, como o sulco à chuva e ao grão que ela fará germinar.

Abramos o coração à alegria, como se abrem as flores à Primavera, para receberem a vida.

Abramos o coração à alegria, como a mãe abre os braços ao seu querido filho.

Abramos o coração à alegria, para que em nós viva e connosco fique para sempre.

Guardemos a alegria como se guarda o amor, para a distribuirmos ao longo do caminho.

Demos a alegria como se dá a vida, por dever e por amor.

Transmitamos a nossa alegria ao mundo; a alegria de sermos filhos amados de Deus. O mundo será melhor e nós seremos mais felizes.


Recomendamos: "A Vida É Bela!"



sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Catequese 4 - Abertos à Vida


1. A Vida é um mistério de amor.

O que é a vida humana? Que valor tem? Que mistério a envolve?

Para os pais, o nascimento de um filho é uma experiência singular. Quando se aproxima esse momento, sentem um misto de ansiedade e de esperança. É sinal de que vai acontecer algo extremamente importante. Na sua orige, está um mistério de amor, gerado por um acto de doação, esperança e acolhido com amor.
Com o nascimento, manifesta-se um ser humano que vem ao mundo, único e inconfundível. Qual o segredo último desta nova vida? Que tem de original a geração de cada ser humano?

2. Toda a vida é criação de Deus

"O Senhor Deus formou o homem do pó da terra e insuflou-lhe pelas narinas o sopro da vida, e o homem transformou-se num ser vivo" (Gn 2,7). A Bíblia diz que Deus criou o homem e a mulher à sua imagem e semelhança (Gn 1,27). Cada vida humana é um dom de Deus Criador.
Deus, no seu projecto criador, confiou a transmissão desta vida ao casal humano. Onde surge uma existencia humana, volta a produzir-se a maravilha da primeira criação.
"Adão conheceu Eva, sua mulher. Ela concebeu e deu à luz Caim, e disse: gerei um homem com o auxílio do Senhor". Cada homem é fruto de um acto criador de Deus, que actua misteriosamente mediante a geração dos pais.
Jesus Cristo, Filho de Deus, fez-se homem, assumiu a nossa humanidade, a nossa corporeidade, e revela toda a sua grandeza.
Por isso, o Evangelho afirma que há que respeitar e amar a vida em todos.
Jesus entregou a Sua vida até à morte para que os homens tenham a vida verdadeira.

3. Amar a maravilha da vida

A vida do homem, à luz da fé, é um dom de Deus com uma dignidade própria de pessoa, que todos devem respeitar.
Toda a vida pede amor. A vida humana encontra o seu sentido no amor. Toda a pessoa pede amor em cada idade da sua vida.
Toda a vida humana é um dom esplêndido de Deus e do seu amor e um direito sagrado e inviolável de todos os homens.

Objectivos:

  • Compreender que a vida é mistério de amor
  • Reconhecer Deus como fonte da vida
  • Aceitar a vida como dom